terça-feira, 10 de setembro de 2013 0 comentários

Sua Falta








Sinto sua falta, mas sinto do que você foi um dia para mim, porque essa pessoa que se você se tornou eu desconheço. Sinto saudade das horas e horas de conversas jogadas fora todos os dias e de todos os sorrisos que conseguíamos tirar um do outro. Nós nos completávamos, mas de alguma forma isso se rompeu. Viver a base de saudades não é fácil. Um dia eu vou esquecer que você já fez parte da minha vida, assim como você já esqueceu a tempos. ( Me esqueceu ? :\ )

segunda-feira, 15 de julho de 2013 0 comentários

Ah, Se Eu Fosse Homem



Ah, se eu fosse homem de ouvir meu coração e dar vazão
não à razão, mas à vontade de mudar a situação
e me arriscar, me machucar mas mandar tudo para o ar
só pra ficar com uma mulher ou pra fazer o que eu quiser
abrir meu peito, é meu direito, se eu tivesse peito

Ah, se eu fosse homem...
Ah, se eu fosse homem de aguentar que uma mulher é como um homem
e também pensa como um homem e quer sair com outros homens
e, apesar de todas as explicações antropológicas,
na prática não tem explicação para o tesão
e ai, meu chapa, 'cê só pode reclamar pro bispo

Ah, se eu fosse homem...
Ah, se eu fosse homem...
Ah, se eu fosse homem...
Ah, se eu fosse homem...
Ah, se eu fosse homem...

Ah, se eu fosse homem de parar de me portar feito um rochedo

indestrutível e infalível, inabalável e imutável
previsível e impossível, um computador com músculos,
um chefe, um pai, um homem com H maiúsculo
eu seria o homem certo pra você

Ah, se eu fosse homem...
Ah, se eu fosse homem...
Ah, se eu fosse homem..





Ultraje a Rigor
sexta-feira, 7 de junho de 2013 0 comentários

The Way We Were




Memories light the corners of my mind
Misty water-colored mem'ries of the way we were

Scattered pictures of the smiles we left behind
Smiles we gave to one another for the way we were.

Can it be that it was all so simple then
Or has time rewritten every line
If we had the chance to do it all again, tell me,
would we, could we

Mem'ries may be beautiful and yet
What's too painful to remember we simply choose to forget
So it's the laughter we will remember
Whenever we remember the way we were

The way we were

sábado, 18 de maio de 2013 0 comentários

Eu sei, mas não devia

                                     

                                     Eu sei que a gente se acostuma. Mas não devia.

A gente se acostuma a morar em apartamentos de fundos e a não ter outra vista que não as janelas ao redor. E, porque não tem vista, logo se acostuma a não olhar para fora. E, porque não olha para fora, logo se acostuma a não abrir de todo as cortinas. E, porque não abre as cortinas, logo se acostuma a acender mais cedo a luz. E, à medida que se acostuma, esquece o sol, esquece o ar, esquece a amplidão.

A gente se acostuma a acordar de manhã sobressaltado porque está na hora. A tomar o café correndo porque está atrasado. A ler o jornal no ônibus porque não pode perder o tempo da viagem. A comer sanduíche porque não dá para almoçar. A sair do trabalho porque já é noite. A cochilar no ônibus porque está cansado. A deitar cedo e dormir pesado sem ter vivido o dia.

A gente se acostuma a abrir o jornal e a ler sobre a guerra. E, aceitando a guerra, aceita os mortos e que haja números para os mortos. E, aceitando os números, aceita não acreditar nas negociações de paz. E, não acreditando nas negociações de paz, aceita ler todo dia da guerra, dos números, da longa duração.

A gente se acostuma a esperar o dia inteiro e ouvir no telefone: hoje não posso ir. A sorrir para as pessoas sem receber um sorriso de volta. A ser ignorado quando precisava tanto ser visto.

A gente se acostuma a pagar por tudo o que deseja e o de que necessita. E a lutar para ganhar o dinheiro com que pagar. E a ganhar menos do que precisa. E a fazer fila para pagar. E a pagar mais do que as coisas valem. E a saber que cada vez pagar mais. E a procurar mais trabalho, para ganhar mais dinheiro, para ter com que pagar nas filas em que se cobra.

A gente se acostuma a andar na rua e ver cartazes. A abrir as revistas e ver anúncios. A ligar a televisão e assistir a comerciais. A ir ao cinema e engolir publicidade. A ser instigado, conduzido, desnorteado, lançado na infindável catarata dos produtos.

A gente se acostuma à poluição. Às salas fechadas de ar condicionado e cheiro de cigarro. À luz artificial de ligeiro tremor. Ao choque que os olhos levam na luz natural. Às bactérias da água potável. À contaminação da água do mar. À lenta morte dos rios. Se acostuma a não ouvir passarinho, a não ter galo de madrugada, a temer a hidrofobia dos cães, a não colher fruta no pé, a não ter sequer uma planta.

A gente se acostuma a coisas demais, para não sofrer. Em doses pequenas, tentando não perceber, vai afastando uma dor aqui, um ressentimento ali, uma revolta acolá. Se o cinema está cheio, a gente senta na primeira fila e torce um pouco o pescoço. Se a praia está contaminada, a gente molha só os pés e sua no resto do corpo. Se o trabalho está duro, a gente se consola pensando no fim de semana. E se no fim de semana não há muito o que fazer a gente vai dormir cedo e ainda fica satisfeito porque tem sempre sono atrasado.

A gente se acostuma para não se ralar na aspereza, para preservar a pele. Se acostuma para evitar feridas, sangramentos, para esquivar-se de faca e baioneta, para poupar o peito. A gente se acostuma para poupar a vida. Que aos poucos se gasta, e que, gasta de tanto acostumar, se perde de si mesma.
terça-feira, 2 de abril de 2013 0 comentários

3am


How did it get to 3 am?
I wish that I could call but I know that you’re probably asleep
Do I really have to get used to being alone again?
I wish that you were here, you must know that you’re not my best friend

Do we really have to dream? I’m perfectly happy here in reality I’m wide awake
I think about the things that I could do tomorrow but I’m trapped
‘Cause it is so dark outside and everybody else is fast asleep
My hand is glued to the remote, the tv has already said goodnight
I’m frozen in my seat I want to move but I'm afraid
Suffering from anxiety and I don’t want to be alone you see I want to be with you
Youuuuuuu

Yeah baby, you;re the one I think of on a night
And on a night it feels so right
I miss your arms,
The way you kiss me, the way you pull me in so tight
It makes me sick the way we fight, when I want you so bad tonight

I want to change my need to want
My desired, change my route
Passion is tricky, love is tender, love is sweet, it hurts, it’s you and me
And in one fatal jump, she’s cut off my electricity
And now I’m really stumped
I’ll make forever, take forever
Leave the house, it’s laugh or cry
And if you cry you’re taken out
There won’t be room for mistakes here
I’m afraid this is all or nothing
And I haven’t got a hope, at least I thought I had a friend
Turns out I was just a joke, I’m holding on to what I’ve got
I’m trying to get just what I want
I’ll pick the pieces up tomorrow, cut the pill and take my chances with a half

Yeah baby, you;re the one I think of on a night
And on a night it feels so right
I miss your arms,
The way you kiss me, the way you pull me in so tight
It makes me sick the way we fight, when I want you so bad tonight
When I want you so bad tonight
If only…youuuuuuu


sábado, 23 de fevereiro de 2013 0 comentários

Oitavo Andar



Quando eu te vi fechar a porta eu pensei em me atirar pela janela do 8º andar,
Onde a dona Maria mora, porque ela me adora e eu sempre posso entrar,
Era bem o tempo de você chegar no T olhar no espelho o seu cabelo, falar com o seu Zé,
E me ver caindo em cima de você como uma bigorna cai em cima de um cartoon qualquer.
E ai, só nos dois no chão frio,
De conchinha bem no meio fio,
No asfalto riscados de giz,
Imagina que cena feliz,
Quando os paramédicos chegassem e os bombeiros retirassem nossos corpos do Leblon,
A gente ia para o necrotério ficar brincando de sério deitadinhos no bem-bom.
Cada um feito um picolé,
Com a mesma etiqueta no pé,
Na autópsia daria pra ver,
Como eu só morri por você,
Quando eu te vi fechar a porta eu pensei em me atirar pela janela do 8° andar,
Invés disso eu dei meia volta e comi uma torta inteira de amora no jantar.

 
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