terça-feira, 27 de dezembro de 2011 0 comentários

Eu jamais desistirei !

É loucura odiar as todas as rosas porque uma te espetou.
Entregar todos os seus sonhos porque um deles não se realizou.
Desistir de todos os esforços porque um deles fracassou.
É loucura condenar todas as amizades porque uma te traiu.
Descrer de todos os amores porque um deles foi infiel.
É loucura jogar todas as chances de ser feliz pq uma tentativa não deu certo.

Por isso:

Eu jamais desistirei de ser feliz.


Felipe Oliveira
domingo, 11 de dezembro de 2011 0 comentários

Diga !?

Diga que você ainda gosta de mim
Nem que seja assim só por telefone
Diga que você não encontrou outro igual

Diga que você quer que eu volte
E que precisa muito conversar comigo


Diga isso tudo que eu desligo
Eu bato o telefone na sua cara
Não vou me importar você que me mandou embora
Na hora disse fi-lo porque qui-lo
Agora não vem chorar lágrimas de crocodilo
Pra cima de muá

Essa não...
Eu quero te ver na sargeta
E arrancar uma a um os pelos da sua cabeça
Eu quero te ver violentada, esquartejada, escoriada, escorneada


Felipe Oliveira
sexta-feira, 2 de dezembro de 2011 1 comentários

Melhor



E hoje eu acordei precisando não de você
Mas no que você pode me dizer.
Hoje eu acordei querendo suas caricias
Acompanhadas de seus elogios,
Hoje eu acordei querendo ouvir você dizer
Que eu sou o melhor.
Que transo melhor.
Que beijo melhor.
Que cozinho melhor.
Que limpo melhor.
Que lavo e passo melhor.
Que te faço melhor.
Eu acho que....

Hoje eu acordei querendo ser o Teu melhor.


Felipe Oliveira
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Deus



Mari passara quarenta anos de sua vida trabalhando como advogada, até que sua doença a trouxera para Villete. Logo no inicio de sua carreira, perdera rapidamente a ingênua visão da Justiça, e passara a entender que as leis não haviam sido criadas para resolver problemas, e sim para prolongar  indefinidamente uma briga.

Pena que Allah, Jeovah, Deus – Não importa o nome que lhe dessem – não tivesse vivido no mundo de hoje. Porque, se assim fosse, nós todos ainda estaríamos no Paraiso, enquanto Ele estaria ainda respondendo a recursos, apelos, rogatórias, precatórias, mandados de seguranças, liminares – e teria que explicar m inúmeras audiências sua decisão de expulsar Adão e Eva do Paraíso – apenas por transgredir uma lei arbitrária, sem nenhum fundamento jurídico: não comer o fruto do Bem e do Mal.
Se Ele não queria que isso acontecesse, por que colocou a tal árvore no meio do Jardim – e não fora dos muros do Paraíso? Se fosse chamada para defender o casal, Mari seguramente acusaria Deus de “omissão administrativa”, porque, além de colocar a árvore em lugar errado, não a cercou com avisos, barreiras, deixando de adotar os mínimos requisitos de segurança, expondo todos que passavam ao perigo.
Mari também podia acusá-lo de “indução ao crime”: chamou a atenção de Adão e Eva para o exato local onde se encontrava. Se não tivesse dito nada, gerações e gerações passariam por essa Terra sem que ninguém se interessasse pelo fruto proibido  - já que devia estar numa floresta, cheia de árvores iguais, e portanto sem nenhum valor específico.
Mas Deus não agira assim. Pelo contrário, escreveu a lei e achou u jeito de convencer alguém a transgredi-la, só para poder inventar o Castigo. Sabia que Adão e Eva terminariam entediados com tanta coisa perfeita, e – mais cedo ou mais tarde – iriam testar Sua paciência. Ficou ali esperando, porque talvez Ele  -  Deus Todo-Poderoso – estava entediado com as coisas funcionando perfeitamente: se Eva não tivesse comido a maçã, o que teria acontecido de interessante nestes bilhões de ano?
Nada.
Quando a lei foi violada, Deus  - o Juiz Todo-Poderoso – ainda simulara uma perseguição, como se não conhecesse todos os esconderijos possíveis. Com os anjos olhando e divertindo-se com a brincadeira ( a vida para eles também devia ser muito aborrecida, desde que Lúcifer deixara o Céu ), Ele começou a caminhar. Maria imaginava como aquele trecho da Bíblia daria uma bela cena num filme de suspense: os passos de Deus, olhares assustados que o casal trocava entre si, os pés que subitamente paravam ao lado do seu esconderijo.

“Onde estás?”, pergunta Deus.
“Ouvi seu passo no jardim, tive medo e me escondi, porque estou nu”, responde Adão, sem saber que , a parti desta afirmação, passava a ser réu confesso de um crime.


Trecho do livro
Veronika Decide Morrer
Paulo Coelho

 
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