Quando a chuva estiver soprando no seu rosto
E o mundo todo incomodar você
Eu poderia te oferecer um abraço caloroso
Para fazer você sentir o meu amor
Quando as sombras da noite e as estrelas aparecerem
E não houver ninguém lá para secar suas lágrimas
Eu poderia te segurar por um milhão de anos
Para fazer você sentir o meu amor
Eu sei que você não se decidiu ainda
Mas eu nunca te faria nada de mal
Eu soube desde o momento que nos conhecemos
Não há dúvida na minha mente de onde você pertence
Eu passaria fome, eu ficaria triste e deprimida
Eu iria me arrastando avenida abaixo
Não, não há nada que eu não faria
Para fazer você sentir o meu amor
As tempestades estão violentas sobre o mar revolto
E sobre o caminho do arrependimento
Embora ventos de mudança tragam entusiasmo e liberdade
Você ainda não viu nada como eu
Eu poderia te fazer feliz,tornar os seus sonhos realidade
Nada que eu não faria
Vou ao fim da Terra por você
Para fazer você sentir o meu amor
Pensando... como seria a minha vida com você
Te amando... Porque sera que não percebe
Esse meu bem querer
Se eu fico um dia sem ouvir o tom da tua voz
Que sufoco, só Deus sabe o quanto eu peço pra você
Olha pra nós, de outro jeito
Tenho medo é um sentimento que não da pra controlar
me faz sofrer, porque você, não nota
Olha pra mim...
Fico louco, de desejo
quando passa, e te vejo
tenho a certeza que já me ganhou
sem teu sorriso o dia passou
diferente, não tem jeito
é saudade, dói no peito
mais nesse jogo eu não tô pra brincar
vem meu amor só se for pra me amar
Sinto sua falta, mas sinto do que você foi um dia para mim, porque essa pessoa que se você se tornou eu desconheço. Sinto saudade das horas e horas de conversas jogadas fora todos os dias e de todos os sorrisos que conseguíamos tirar um do outro. Nós nos completávamos, mas de alguma forma isso se rompeu. Viver a base de saudades não é fácil. Um dia eu vou esquecer que você já fez parte da minha vida, assim como você já esqueceu a tempos. (
Ah, se eu fosse homem de ouvir meu coração e dar vazão
não à razão, mas à vontade de mudar a situação
e me arriscar, me machucar mas mandar tudo para o ar
só pra ficar com uma mulher ou pra fazer o que eu quiser
abrir meu peito, é meu direito, se eu tivesse peito
Ah, se eu fosse homem...
Ah, se eu fosse homem de aguentar que uma mulher é como um homem
e também pensa como um homem e quer sair com outros homens
e, apesar de todas as explicações antropológicas,
na prática não tem explicação para o tesão
e ai, meu chapa, 'cê só pode reclamar pro bispo
Ah, se eu fosse homem...
Ah, se eu fosse homem...
Ah, se eu fosse homem...
Ah, se eu fosse homem...
Ah, se eu fosse homem...
Ah, se eu fosse homem de parar de me portar feito um rochedo
indestrutível e infalível, inabalável e imutável
previsível e impossível, um computador com músculos,
um chefe, um pai, um homem com H maiúsculo
eu seria o homem certo pra você
Ah, se eu fosse homem...
Ah, se eu fosse homem...
Ah, se eu fosse homem..
Ultraje a Rigor
Memories light the corners of my mind
Misty water-colored mem'ries of the way we were
Scattered pictures of the smiles we left behind
Smiles we gave to one another for the way we were.
Can it be that it was all so simple then
Or has time rewritten every line
If we had the chance to do it all again, tell me,
would we, could we
Mem'ries may be beautiful and yet
What's too painful to remember we simply choose to forget
So it's the laughter we will remember
Whenever we remember the way we were
The way we were
Eu sei que a gente se acostuma. Mas não devia.
A gente se acostuma a morar em apartamentos de fundos e a não ter outra vista que não as janelas ao redor. E, porque não tem vista, logo se acostuma a não olhar para fora. E, porque não olha para fora, logo se acostuma a não abrir de todo as cortinas. E, porque não abre as cortinas, logo se acostuma a acender mais cedo a luz. E, à medida que se acostuma, esquece o sol, esquece o ar, esquece a amplidão.
A gente se acostuma a acordar de manhã sobressaltado porque está na hora. A tomar o café correndo porque está atrasado. A ler o jornal no ônibus porque não pode perder o tempo da viagem. A comer sanduíche porque não dá para almoçar. A sair do trabalho porque já é noite. A cochilar no ônibus porque está cansado. A deitar cedo e dormir pesado sem ter vivido o dia.
A gente se acostuma a abrir o jornal e a ler sobre a guerra. E, aceitando a guerra, aceita os mortos e que haja números para os mortos. E, aceitando os números, aceita não acreditar nas negociações de paz. E, não acreditando nas negociações de paz, aceita ler todo dia da guerra, dos números, da longa duração.
A gente se acostuma a esperar o dia inteiro e ouvir no telefone: hoje não posso ir. A sorrir para as pessoas sem receber um sorriso de volta. A ser ignorado quando precisava tanto ser visto.
A gente se acostuma a pagar por tudo o que deseja e o de que necessita. E a lutar para ganhar o dinheiro com que pagar. E a ganhar menos do que precisa. E a fazer fila para pagar. E a pagar mais do que as coisas valem. E a saber que cada vez pagar mais. E a procurar mais trabalho, para ganhar mais dinheiro, para ter com que pagar nas filas em que se cobra.
A gente se acostuma a andar na rua e ver cartazes. A abrir as revistas e ver anúncios. A ligar a televisão e assistir a comerciais. A ir ao cinema e engolir publicidade. A ser instigado, conduzido, desnorteado, lançado na infindável catarata dos produtos.
A gente se acostuma à poluição. Às salas fechadas de ar condicionado e cheiro de cigarro. À luz artificial de ligeiro tremor. Ao choque que os olhos levam na luz natural. Às bactérias da água potável. À contaminação da água do mar. À lenta morte dos rios. Se acostuma a não ouvir passarinho, a não ter galo de madrugada, a temer a hidrofobia dos cães, a não colher fruta no pé, a não ter sequer uma planta.
A gente se acostuma a coisas demais, para não sofrer. Em doses pequenas, tentando não perceber, vai afastando uma dor aqui, um ressentimento ali, uma revolta acolá. Se o cinema está cheio, a gente senta na primeira fila e torce um pouco o pescoço. Se a praia está contaminada, a gente molha só os pés e sua no resto do corpo. Se o trabalho está duro, a gente se consola pensando no fim de semana. E se no fim de semana não há muito o que fazer a gente vai dormir cedo e ainda fica satisfeito porque tem sempre sono atrasado.
A gente se acostuma para não se ralar na aspereza, para preservar a pele. Se acostuma para evitar feridas, sangramentos, para esquivar-se de faca e baioneta, para poupar o peito. A gente se acostuma para poupar a vida. Que aos poucos se gasta, e que, gasta de tanto acostumar, se perde de si mesma.
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